Saudade de Ti

Amo alguém que não me quer. Para não variar. Já é tão habitual que quase parece um vício doentio, uma autêntica droga pesada, este amor deixa-me desorientada. Deixo de estar segura de mim, daquilo que sou capaz de fazer e concretizar. Neste momento deves estar a pensar... por que raio me sujeito a isto, sou uma mulher inteligente, importante (esta última, nas tuas próprias palavras). Mas que hei-de eu fazer? O meu coração pertence a alguém que não o sabe cuidar... que não o quer cuidar.
Tento não pensar nele, mantenho a minha cabeça ocupada, numa tentativa vã de me enganar, toldar o sentimento, abafar a paixão, fingir o fim do tormento. Tornou-se a minha rotina. Lamentável desperdício de amor desvalorizado e desprezado.

Para afastar os meus pensamentos dele, penso em ti. Não como outrora pensei, mas como porto de abrigo.
É engraçado como toda a gente me diz para ter cuidado contigo e, ao mesmo tempo, é contigo que me sinto segura. Segura de mim, protegida dos outros. Curioso sentir-me assim, apesar de tudo o que passei contigo. Talvez seja isso que tu fazes e de que toda a gente me alerta. Mas não me importa, pois sinto que te importas, à tua maneira... fria e distante.
Gosto de ti por isso. Gosto de ti porque, apesar das nossas diferenças, não me deitaste abaixo. Um ataque de consciência que te levou a repensar a tua atitude egocêntrica. Às vezes ponho-me a pensar nas coisas que me disseste... dizem-me tão frequentemente para ser cuidadosa que não consigo evitar ter dúvidas da sua veracidade e sinceridade. Quero acreditar que foram palavras verdadeiras. Preciso acreditar que sim. Não quero crer que foram palavras ocas. Por mais defeitos que tenhas, recuso-me a crer que serias capaz de tal leviandade. Por isto, sinto saudades de ti.

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