Amizades

Lembro-me que quando entrei para a pré-primária no externato as primeiras pessoas com quem me dei foram dois rapazes, Tiago e o Zé; lembro-me perfeitamente como nós fingíamos estar a dormir na hora da sesta e esperávamos que a senhora que tomava conta de nós adormecesse para podermos brincar em silêncio, pois nenhum de nós gostava de dormir a sesta. Não sou psicóloga, nem pretendo armar-me em uma, por isso não faço ideia se é devido ao facto de ter estado habituada aos dois filhos da minha ama, ou se é por ter tido uma admiração enorme pelo meu irmão, ou se é por ter brincado muito com um primo meu; o que é certo é que, apesar de também ter amigas, sempre me dei muito bem com rapazes, sinto que consigo abrir-me com mais facilidade com eles - talvez porque quando eles são realmente amigos não nos julgam tanto moralmente.
E talvez por esta razão me tem vindo a fazer muita confusão não conseguir construir uma amizade mais forte com uma certa pessoa. A culpa não está em nenhum dos lados; embora eu tenha noção que a minha falta de acção e reacção por insegurança, ou por simplesmente não saber por onde começar, dificulta as coisas, o facto de não existirem tentativas e sinais vindos da outra parte também não ajuda em nada. Isto levanta-me outra questão: será que vale mesmo a pena tentar esforçar-me mais?

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