Ele

Estava à espera do metro no Rossio. O metro finalmente chegou, as portas abriram-se e eu entrei. Vi-te mesmo à minha frente, foi uma sensação esquisita mas não fiquei com o coração na garganta, nem com um buraco negro no estômago. No entanto, adorei ver-te, deixou-me alegre, tolamente alegre devo dizer; tudo sucedeu de forma tão natural que ninguém diria que só nos tínhamos visto uma vez na vida. Não foi necessário desatarmos a falar do tempo, a conversa surgiu instantaneamente. Ao que parece eu tinha razão quando dizia que Lisboa não é assim tão grande e algum dia teria que ser o dia. Coincidência engraçada termos olhado ao mesmo tempo (sim, há quem possa dizer que foi o destino, mas eu prefiro continuar com os pés bem assentes na terra e pensar nisto apenas como uma simples coincidência). De certa forma senti que gostaste de me encontrar, senão que outra razão te levaria a mandar mensagem logo que saíste do metro uma estação antes de mim? Não obstante esse facto, não quero deter por demasiado tempo o meu pensamento nisso, talvez por medo de me iludir a mim própria. Fiquei com as ideias mais claras acerca do que sinto por ti, contudo não sei se isso é bom ou mau; apercebi-me de que não sinto uma paixão assolapada por ti, mas sim um carinho enorme e uma grande atracção (tanto física como psicológica).

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