O abismo (cap. 4)

Sentei-me, refugiada atrás do que pensei ser umas rochas. Porquê que tudo neste sitio é escuro e sombrio.
Frio e sem vida! Sem contar com aquelas sombras, que eu desconfio que de vida não têm nada!
Outra vez aquela brisa! Que trazia com ela uma falsa calma. As imagens naquele espelho não paravam de me invadir a mente, passavam frente dos meus olhos como um filme...
Senti-me desmaiar, as pestanas pesaram-me, parecia entrar em transe.
A sensação foi de estar a cair, rápida e desajeitadamente, como se a gravidade me atraísse para o fundo do abismo como um ímen.
Mas não parei, continuei a cair, a cair, estava quase sem conseguir respirar.
De repente tudo mudou, vi-me a pairar no ar, como se tivesse segura por um trapézio invisível.

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