Brisa fresca (cap. 2)

Senti uma brisa fresca tocar-me o rosto, parecia veludo suave. Tentei em vão agarrá-la.
Passou-me por entre os dedos, com uma rapidez esquiva.
Toquei no meu rosto, a pele parecia seca, enrugada pelo tempo que já passou sem eu dar conta.
Abracei-me a mim própria, no intuito de me reconfortar; tinha as roupas rasgadas pelas memórias amargas.
O cabelo encontrava-se emaranhado, quebradiço, tal como eu.
Frágil, tão frágil que senti a brisa, que soprou de novo, me derrubar.
E ali fiquei, deitada, paralizada pelo medo de me mexer.

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